sábado, 31 de julho de 2010

Post curto...

Quando estiverem em Lisboa, não deixem de ir jantar pelo menos um dia no restaurante da Natércia, na Alfama.

Isso sim é que é comida, "sim sinhôre".

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Paralelismos e redução fenomenológica

Tenho percebido em mim, há algum tempo já, uma tendência a uma redução fenomenológica. Não sei se é uma forma de não me centrar nas diferenças mas sim nas semelhanças, se é uma manifestação da minha dificuldade em lidar com confrontos, mas eu tento sempre encontrar um elo entre coisas diferentes.

Que eu me lembre, comecei pelas religiões. Embora hoje me considere um ateu ou, como diria o Bill Maher, eu simplesmente não sei (e não me importo), sempre acreditei que todas as religiões falam da mesma coisa, de maneiras diferentes. Da mesma maneira que eu acho que as escolas diferentes da Psicologia falam, essencialmente, da mesma coisa, de ângulos diferentes.

Isso me lembra uma aula que tive na faculdade (se não me engano, com a Chiquinha, em Psicologia Existencial). Imaginem uma castanheira, no alto de um morro, isolada de todas as outras árvores. Agora imaginem que temos um grupo de 10 pessoas: um biólogo, um marceneiro, um vendedor de castanhas, um poeta, um filósofo... 10 profissões diferentes. Cada um descreve a castanheira de uma determinada maneira, cada um valoriza determinados aspectos conforme suas vivências pessoais, sua formação intelectual e prática, conforme suas experiências. Mas quem está certo? Todos estão certos.

A redução fenomenológica é encontrar o que há de comum nas visões diferentes e chegar à essência daquilo que se está observando.

(Eu quase escrevi "a observar". Preciso voltar pro Brasil!!!)

Acho que o que eu quero dizer com isso é: quando você achar que está certo e outra pessoa está errada, vale pensar se isso é necessário. Muitas vezes há interpretações diferentes para um mesmo acontecimento e pode ser interessante relativizar e tentar compreender os motivos da outra pessoa enxergar aquilo daquela maneira.

Ao som de Dave Matthews Band, Tom Waits, Blind Guardian (em espanhol), Stone Sour, Jim Sturgess (o Jude de Across the Universe, cantando I've Just Seen a Face).

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dando início à conversa

Por quê escrever um blog?

O quê me faz pensar que as pessoas estariam interessadas em saber o que eu penso a respeito de qualquer coisa?

A verdade é que eu não sei. Não sei por quê estariam interessadas e nem sei se estão efetivamente interessadas. Por outro lado, pode ser que estejam interessadas. E não me custa nada, principalmente agora em tempos de férias do mestrado, escrever uma ou outra coisa.

Tentarei ser neste blog, ao máximo possível, como sou. Errático, às vezes; incoerente e possivelmente contraditório em alguns momentos. Mas tentarei ser sempre sincero a mim mesmo.

E aí toco na questão que me rodeia ultimamente: a sinceridade. O que é a sinceridade? Qual a importância dela em sua vida?

Acho que muitas pessoas pensam na sinceridade na relação com outras pessoas. Pensam na sinceridade como "dizer o que pensam, seja o que for". E não deixa de ser verdade, acredito. A sinceridade é um sinônimo de honestidade, né... é dizer o que se pensa, é ser como se é na relação com o outro.

Ando pensando muito na relação de nós com nós mesmos. E a sinceridade aí? Será que nós somos sinceros conosco? Será que é possível ser totalmente sincero consigo mesmo?

Por agora, fico nisso.